"Não te deixes distrair com os incidentes que te chegam de fora! Reserva-te um tempo livre para aprender qualquer coisa de bom e deixa-te de flanar sem rumo! Já é tempo de te guardares doutra sorte de vagabundeio. Bem loucos, com efeito, são aqueles que, por serem topa-a-tudo, sentem o cansaço da vida e não têm um fim a que dirijam os seus esforços e, para o dizer de uma vez, as suas ideias."
Marco Aurélio (Imperador Romano), in 'Pensamentos'
Hoje em dia, parece que toda a gente está correndo para algum lugar, lugar esse que de tão importante justifica que às vezes se atropele alguém no caminho... É um corre-corre todo o santo dia, em que nem a simples reflexão naquilo que se quer da vida às vezes tem lugar. Segundo as estatísticas apenas 7% da população tem metas ou objectivos de vida definidos!
A vida não é estática, está sempre em movimento, o tempo não pára, e se não tivermos um rumo na vida, é como se estivéssemos num barco à deriva. Muitas vezes as pessoas têm determinadas prioridades apenas porque são iguais ao resto das pessoas. E no final de contas, vêm depois a perceber que o mais importante não é aquilo pelo qual lutaram, mas aquilo a que não estavam atentas pois nunca tinham pensado muito no assunto. A maior parte das pessoas nem se conhecem a si mesmas (apesar de estar convencidíssimas que sim), quanto mais aquilo que pretendem da vida... Depois vem o desespero, a angústia e a desorientação total.
Assim, convido-vos a parar um pouco e reflectir nas seguintes questões: "Qual é o meu objectivo de vida?" e a responder também, se o desejarem, à sondagem que vos deixo aqui ao lado. É deveras importante que nesta reflexão nunca pensem automaticamente que algo é impossível de atingir. Recordo uma frase que um mestre um dia disse: "Não existem impossíveis, apenas impossibilitados". Se quiserem aprofundar um pouco este tema, ir mais além, e questionarem-se acerca do próprio sentido da vida, recomendo-vos este livro: "O Sentido Oculto da Vida" de Délia Steinberg Guzmán e Jorge Angel Livraga, Edições Nova Acrópole.
2 comentários:
Bigada pela visita e comentário, que retribuo com mt carinho, deixando uma citação de Balzac
"A dor enobrece as pessoas mais vulgares, porque ela tem a sua grandeza, e, para receber o seu brilho, basta ser verdadeira"
Honoré de Balzac
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Cara Isabel, muito obrigada pela citação lindíssima que me deixou. Entendo essa dor de que Balzac fala, como a dor que surge do sacrifício, do "sacro-ofício", que é a génese da palavra. Essa dor, sim enobrece, ao contrário da dor que resulta do erro, e que ainda assim tem um papel muito importante que é a criação de consciência no ser, fazendo-o desviar do caminho inapropriado.
Desculpe a resposta tão tardia. Continuação de boas reflexões.
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