"Liberdade é obediência à lei universal, e sentimo-nos mais livres quando obedecemos à lei do nosso próprio ser. Esta lei está dentro de nós e busca expressão através de nós.
A Sabedoria Antiga proclama ao homem a preciosa natureza da sua liberdade e mostra que, ao apelar aos seus mais nobres instintos, nós podemos construir uma ordem combinando liberdade com segurança, estabilidade com progresso e criatividade com cooperação.
A liberdade pertence ao Espírito, o determinismo à matéria.
Para movermos em liberdade, guiados pela lei interior do nosso ser, o divino instinto dentro de nós, devemos confiar em nós mesmos e confiar na Vontade de Deus, sem obstrução da nossa parte. Seguir esta Vontade é seguir os nossos eus impessoais.
Verdadeira liberdade consiste em compreendermos a nós próprios, os nossos pensamentos, os nossos motivos, os nossos quereres e o nosso comportamento.
Quando a natureza do Espírito, que é sempre livre e em toda a parte prevalece, há liberdade para cada um e para todos; cada um é, então, um centro de paz e harmonia como também um centro para a criação daqueles valores que são inerentes ao Espírito.
Aquele que não tem controlo sobre si mesmo não goza de liberdade. O homem necessita da ordem de uma harmonia interior que implica domínio sobre si mesmo.
Livrar a vida de tudo o que obstrui o seu fluir, de tudo o que impede o seu perfeito florescimento, é o supremo ideal que qualquer um de nós pode nutrir.
A liberdade é o requisito fundamental para a felicidade; sem liberdade a vida não tem espaço para se expandir, ela é sufocada e abafada.
A liberdade não pode ser separada da ordem, que implica controle, quer na sociedade ou em si mesmo.
Ser livre é ser feliz sem buscar a felicidade, agir com um movimento espontâneo que é o resultante de uma graça interna.
Acção de acordo com a lei do seu próprio ser é a verdadeira liberdade.
A verdadeira liberdade é um estado interior; é liberdade da paixão e do medo, da ânsia de apoio, de todo o tipo de influência que seja uma distorção da clara visão da verdade.
Nós somos mais livres quando estamos livres de nós mesmos. A nossa mais plena liberdade está no perfeito serviço.
Cada um tem de descobrir por si mesmo aquela liberdade que está no serviço a tudo, aquela alegria que surge do auto-sacrifício e aquela eternidade em si mesmo que vem à existência com a completa entrega do seu eu temporário.
Quando a consciência está livre da ânsia por sensação, livre do condicionamento a que foi submetida, livre da compulsão de planejar e construir para qualquer fim auto-gratificante, então ela pode seguir qualquer brisa passageira, moldar-se ao ser interior de cada forma significativa e contudo não ser moldada.
As quatro liberdades do aspirante: a desistência de posses e segurança, a abolição do medo, a descoberta do seu próprio caminho e a acção instintiva individual.
Almejemos criar a liberdade e a felicidade para os outros ao invés de para nós mesmos. Então o sucesso será mais provável do que se agíssemos com um propósito egoísta.
Quando abandonamos, desde o mais íntimo eu de nós mesmos, tudo aquilo a que a nossa mente do sentido e do desejo está apegada, há liberdade interior. Nesta liberdade, a nossa alma-estrela brilha e espelha a sua luz através de cada uma das suas vestimentas."
- Pensamentos de Sri Ram -
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